Desde o tempo de criança, nós temos alguma imagem sobre eles, sobre sua forma. Sua existência sempre teve algum fundamento em nossa mente. Mais adiante, à medida que crescemos, como adultos já os colocamos no campo da fantasia ou nos contos de fadas. Então nos vem a pergunta: Quem são os anjos? Que papel eles teriam em nossa vida? Qual a missão deles?
A palavra Ângelus, do grego significa: Mensageiro. Diversas culturas os conhecem por diferentes nomes. Desde as mais remotas escrituras se vê citações sobre eles. Diversas variantes deles podem constar por vários nomes: Enviados, mensageiros, protetores, guardiões, executores das leis, cumpriram sempre papéis como sendo corpos divinos que influenciavam e comandavam o mundo, as estrelas, os planetas, as forças da Natureza. A antiga angeologia cristã apresenta uma estrutura precisa de sua hierarquia.
No primeiro período de Atlântida, os anjos tinham um papel fundamental na vida dos homens. Os atlantes viviam sob a orientação e o zelo deles, numa intimidade e familiaridade que acabou por florescer numa evolução espiritual extraordinária. Esta fase do Império da Luz Dourada acabou no momento que os seres humanos se distanciaram de Deus e dos Anjos levando à segunda fase de Atlântida que culminou por sua ruína. A partir daí o Nós e o Ele perdeu espaço para o Eu. Em conseqüência disto, veio o medo e a morte.
A palavra Angel (anjo) pode ser definida pela língua atlante. Seu significado é: Luz divina viva. Luz da Luz Divina, Força da Força Divina. Em nossos dias, podemos definir como Seres de Luz, Seres de Energia Forças com inteligência própria.
Em Atlântida havia 144 anjos que tinham uma função fundamental. O papel deles foi decisivo na vida do continente. Entre eles haviam doze anjos-reis que ajudavam, orientavam, e ensinavam os reis, que em conjunto se esforçavam para que no reinado fossem mantidos aqueles princípios que trariam a harmonia, a felicidade, a pureza, prosperidade e assim florescia uma vida perfeita paradisíaca. Estes anjos não eram chamados por seus nomes mas sim pela missão que desempenhavam.
A íntima ligação com eles, bem como muitos outros conhecimentos profundos foram perdidos, ou escondidos, por muito tempo, depois do desaparecimento de Atlântida. Esta íntima ligação bem como a convivência diária e constante com os anjos só veio novamente à tona através da comunidade dos Essênios, muitos milhares de anos depois. O Professor da Verdade, como era chamado o pai e fundador dos Essênios, ganhou de Deus o direito de rever suas vidas anteriores e resgatar estes conhecimentos perdidos, que estavam em seu poder, na era áurea de Atlântida. Assim os Essênios resgataram a ligação e convivência amorosa e íntima com os Anjos em nossa era atual. Os Essênios desenvolviam uma ligação milagrosa, às vezes incompreensível a muitos, tanto em seus feitos, em suas curas, como com relação aos animais, plantas e toda a natureza, graças aos anjos. Eles também conheciam os 12 anjos reis e dividiram eles em dois grupos.
Os seis Anjos da Mãe Terra, que eram:
Anjo da Vida,
Anjo da Alegria,
Anjo do Sol,
Anjo da Água,
Anjo da Terra e
Anjo do Ar.
O segundo grupo era dos Anjos do Pai do Céu, que eram:
Anjo da Eternidade,
Anjo da Criatividade (Trabalho),
Anjo do Amor,
Anjo da Sabedoria,
Anjo da Harmonia e
Anjo da Força (Poder).
Nas seis manhãs da semana meditavam com cada um dos Anjos da Mãe e a cada noite com um dos Anjos do Pai do Céu. Ainda fazia parte do rito diário, ao meio dia, a meditação com um aspecto de Paz, que eles dividiram em sete modalidades:
Paz com o Corpo,
Paz com o Reino do Céu,
Paz com o Reino da Terra,
Paz com o Universo,
Paz com a Humanidade,
Paz com a Família e
Paz coma Alma.
O modo como eles viviam com os anjos, como se comunicavam com eles, pode também ser assimilado em nosso mundo moderno, e talvez seria o primeiro e inevitável passo que teríamos que dar para conseguirmos uma vida de paz e harmonia em nosso mundo. Mas isto tudo não encontraremos fora, mas sim teremos que encontrar dentro de nós. A necessidade disto talvez seja ainda mais necessária hoje, do que em qualquer outra época.
Como já foi citado, a angeologia cristã cita uma hierarquia entre eles. Vamos analisar isto um pouco mais profundamente. Segundo os antigos, havia sete planetas, portanto havia sete reinos celestes, distribuindo-os em 9 coros e tres tríades. Os tres primeiros envolvem a Deus e a Ele adoram. Os Serafins eram vistos como seres vermelhos, que apareciam somente a cabeça, tinham seis asas, com duas cobriam seu rosto perante Deus, com duas cobriam as pernas, e com as outras duas esvoaçavam. Esta forma de estrela de seis pontas permaneceu até as pinturas da Renascença. Segundo o significado de seus nomes, eles não só estão preenchidos com o amor ardente, mas também flamejam como se fossem brasa ardente até inflamando os anjos abaixo deles.
Os querubins têm forma de esfinge e são seres alados. Seus nomes são devido a sua sabedoria e à luz de seu ser. Na arte sacra cristã sua cor é azul, ou dourada. Eles são os guardiões do Jardim do Éden e dos quatro cantos do trono divino. Também estão relacionadas a eles, as quatro feras do apocalipse, que mais adiante se tornariam um símbolo evangélico. Estes geralmente têm rosto de homem, touro, leão e águia, também no zodíaco são representados por quatro estrelas do antigo calendário cristão. Os tronos representam a magnitude e a confiança divina, em qualquer situação que se apresentam.
A segunda hierarquia dirige as estrelas e os elementos. Os Domínios representam a magnitude do poder infinito do reinado divino. Realizam os mandamentos para a administração do universo, são responsáveis pelas forças cósmicas. Incluem os anjos elementais. Comandam os elementos básicos da natureza: Água, Terra, Fogo e Ar. Também as Forças, que comandam as forças divinas que regem os fenômenos da Natureza, como maremotos, terremotos, tormentas, etc. Os Poderes representam a magnitude e a justiça do poder divino. Sua missão é manter equilibradas as forças opostas e protegem a humanidade de todos empecilhos que possam dificultá-la de alcançar seus objetivos maiores.
Na terceira hierarquia estão os Principados os Arcanjos e os Anjos. Estes são os que executam e administram as ordens divinas no mundo da criação. Os principados também determinam a tarefa dos anjos menores na execução da vontade divina.
Os Arcanjos e os Anjos são os enviados de Deus ao mundo da terra para orientar e eventualmente proteger os seres humanos, segundo tarefa que lhes é confiada. Os Arcanjos representam uma força maior e os demais anjos são de intensidade menos, logo, estes são mais acessíveis ao ser humano.
Na Bíblia são citados sete Arcanjos. Tres entre eles ficaram mais populares e tendo também seus nomes usados freqüentemente por pessoas. Michael é o justiceiro, condutor de almas, vencedor do pecado, condutor das hostes celestes, e também o guerreiro santo da idade média. Seu atributo é a espada e a balança. Gabriel é o mensageiro, seu atributo é o lírio, ou o cetro que lembra a espada de Mercúrio. Rafael é o curador, o comandante dos anjos da guarda, protetor dos peregrinos. Seu nome aparece nas escrituras apócrifas de Tobias. Segundo o legado judaico, Abarão recepcionou aos tres.
Os Anjos da Guarda são os que estão mais próximos de nós. Eles são os que nos acompanham desde a concepção, o nascimento, durante a vida toda e até mesmo após a morte, no regresso à luz. Sua missão é nos acompanhar, ensinar e proteger, para que possamos cumprir nossa missão, que foi escolhida por nós antes do nascimento, passo a passo, rumo à perfeição.
Tal com o existe uma ordem superior que rege toda a natureza e o universo, assim também há uma perfeita harmonia que rege o mundo dos anjos. Também, da mesma forma como não existe uma árvore igual à outra, nem um ser humano idêntico a outro, assim também não há um anjo igual a outro, nem na sua beleza nem na sua tarefa. Também temos que saber que as mesmas concepções que temos sobre em cima e em baixo, maior ou menor ou dentro ou fora não existe no mundo dos anjos. Sua concepção, pela diferença de tarefas e missões, pela multiplicidade de sua existência ou pela diversidade de tarefas, ao mesmo tempo indivisibilidade em relação ao todo, eles nunca podem ser dispensados ou substituídos, sendo igualmente importantes na sua totalidade.
Que poderíamos nós fazer para que nossas vidas sejam parte ativa deles e para que eles tomem parte benéfica de nossas vidas? Primeiramente teremos que aceitar a sua existência junto a nós, temos que nos abrir para eles, permitir que eles entrem em nossa barulhenta, tumultuada, e racionalíssima vida. A força deles pode tomar conta de nossa vida. Depende apenas de nossa decisão querer viver com estas forças, e deixar tornar a nossa vida e nosso mundo melhores. A possibilidade desta ligação com os anjos está ao nosso alcance, não necessitando nem mesmo termos alguma particularidade incomum para nos ligarmos a eles. Simplesmente nossa cabeça e nosso coração têm que dizer que queremos sim que tomem parte ativa de nossas vidas. Basta um pequeno aceno, um discreto: “Sim, Eu quero”. Talvez nunca houve um tempo em que isto não seria tão necessário, urgente e útil quanto nos dias de hoje.
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